Começo do processo com envio do dossiê

14 de julho de 2010

Vivendo em Montreal

Estação Lionel-Groulx

Pelas ruas de Montreal vejo gente tão diferente, vindas de tantos lugares, essa é uma cidade internacional, me admiro ao ver quando um reporter vai à rua e entrevista um quebecois, e que fala francês em Montreal. Em Cote des Neiges 50% da população é imigrante, acho que lá só um em cada dez passantes tem chance de ser quebecois.

Montreal é uma das cidades canadenses que mais atrai imigrantes, em parte porque o francês é uma língua muito falada em diversos países do terceiro mundo. Mas diferente do que eu pensava antes de chegar nem todo imigrante que chega aqui, ou chegou em alguma época, passa pelo mesmo escrutínio que passamos, comprovação de experiência, formação, etc. Muitos são refugiados, ilegais ou apadrinhados. Esta população cria um mundo a parte que se cruza nas aulas de francisação ou nas lojas de descontos, nos entrepots, no Shopping Plaza Cote des Neiges, neste mundo fala-se um inglês ou francês com sotaque, são mundos diferentes para fundo$ diferentes.

Mas é só conseguir o tal crédito que logo o imigrante procura financiar uma casa fora da ilha. E as casa construídas fora da ilha além de novas, coisa rara em Montreal tem preços melhores. Aqui existem logements para morar e para renda (aluguel) quem compra um logement em Montreal pode querer morar, mas provavelmente vai alugar, nem que seja o andar de cima.

Moradia dos sonhos, Blainville, QC

Moramos em Montreal e não em uma desses bairros recém construídos, mas acho até que aqui temos mais praças, banho de chafariz e piscina municipal e também quadras de tênis. E o que temos em comum em toda parte por aqui é muita tranquilidade para ir e vir e e se quisermos podemos dar uma volta no quarteirão depois do jantar, ver a noite chegar sem medo.

12 de julho de 2010

Multa em Montreal é coisa séria


Acredito que aqui, como em toda parte, a multa é uma espécie de pedágio em que poucos pagam o que usam todos, o que aconteceria se ninguém cometesse infrações ou para onde vai o dinheiro já é mais complicado.

Aqui a multa ocorre com mais freqüência por não parar no arret, por velocidade acima do permitido e por estacionamento. O carro da polícia pára perto de uma placa de arret, de modo a não ser visto e passa horas e horas com o motor ligado à espera do infrator e todos são parados e multados, as vezes eles seguem um carro ao acaso esperando o erro, se você olhar no retrovisor e ver um carro da polícia atenção redobrada, tem que parar no arret e no sinal amarelo, se for um sedã branco pode ser um carro da policia disfarçado, na porta ele tem adesivos da polícia também brancos. A polícia também usa radares de mão, se estiver numa descida ou numa via de 4 faixas em que a velocidade máxima seja de 40 ou 30km/h muito cuidado alguém pode estar apontando um radar para seu carro.

Na região de Montreal é difícil achar vaga para estacionar e mesmo quando tem vaga temos que interpretar as placas, certificar-se que não há hidrantes ou ciclovias. Pode-se arriscar não fazer uma parada completa no arret, mais a vigilancia dos estacionamentos é mais rigorosa. Existem locais em que dependendo do momento pode-se ou não estacionar, existem áreas reservadas para moradores, para deficientes, mesmo em um parquímetro não se pode estacionar a qualquer momento.
Para estacionar tranquilo deve-se observar
  • O mês, entre dezembro e abril pode-se estacionar em quase qualquer lugar ou hora.
  • A seta, para esquerda significa á partir deste ponto, para direita, até este ponto.
  • Se tem o nome secteur marcado em vermelho, pode ser uma zona reservada para moradores.
  • A hora
  • O dia, ou dias da semana, ex. lundi jeudi, lundi et jeudi ou só um dia da semana.
E algumas ruas podem haver mais de uma placa e temos que levar em consideração o conjunto. Se no lugar do P tiver um octogono nem pense em parar.

7 de julho de 2010

O que fazer em um fim de tarde?

Soltar pipa!
Se bem que seis horas da tarde por aqui não é bem um fim de tarde, está mais pra meio de tarde pois ainda temos quase 3 horas de sol. E que sol estamos em plena onda de calor e nesta hora o termômetro estava marcando 34ºC, as crianças já estavam com o rosto vermelho por causa do calor, então recolhemos as pipas e fomos brincar no chafariz.

Aqui perto tem uma praça com muitos chafarizes para a criançada se refrescar e elas se refrescam mesmo, tinha até duas meninas muçulmanas que mesmo de véu, mangas compridas e calças também, não deixavam de correr e brincar nos jatos de água.

Verão é assim, praças e parques com muitas crianças, piscina municipal, famílias reunidas, piqueniques, patins e uns sk8's bem longos, muitas bicicletas algumas tem um reboque e lá dentro vão as criancinhas, as vezes bem pequenas mesmo. Tem também umas ondas de calor mas nada que um bom ar-condicionado não resolva, o bom é que eles são mais baratos do que um casaco North Face e pelo preço de um Kanuk dá pra esfriar a casa toda, a conta? O preço da energia é tão baixo que aqui a conta chega a cada dois meses.

Na semana passada os meninos ficaram impressionados com alguém que estava empinando uma pipa em forma de parapente, fui no Wallmart e comprei uma pipa. Que decepção a danada não quis saber de voar, parecia umas daquelas aves que dão rasantes nos desprevenidos, no caso eu. Depois de muito mico desisti daquela pipa de supermercado, fui no DeSerres comprei as varetas e o papel, no Dolarama comprei a linha, meio grossa por sinal, e fiz uma pipa bem tradicional bem brasileira e essa, apesar dos ventos fracos voou bem alto.