Começo do processo com envio do dossiê

25 de setembro de 2011

Tapioca com queijo assado em Montreal

Humm! Tapioca com queijo assado para o jantar e também requeijão.


Fim de semana sem muito o que fazer, resolvemos conhecer o Soares et fils, um mercadinho de portugueses que fica na avenue Duluth Est nº 130, aqui em Montreal. Lá eles tem muitas coisas do Brasil, mas o queríamos mesmo era o ingrediente principal da tapioca, a goma de mandioca. Não é exatamente goma de mandioca da feira de Casa Amarela, o que eles tem é o polvilho azedo ou o doce, dei uma pesquisada na internet e pelo jeito não há uma unanimidade quanto a qual é o mais indicado. Usei o azedo e ficou bom, na próxima vez compro o doce para experimentar.


Os queijos compro no Adonis. O queijo assado não é exatamente um queijo de coalho mas é muito parecido, na verdade usei dois tipos, o Baladi e o Halloum, ambos muito saborosos mas o halloum precisa ficar um tempo imerso em água para ficar menos salgado. Alguém pode dizer que não é a mesma coisa, mas mesmo no Brasil o queijo de coalho já não é a mesma coisa faz tempo. O requeijão é dinamarquês e muito bom, vem em um copinho de vidro como antigamente.

E falando em queijo ainda não encontrei lugar melhor para comprar que o Marché Bonanza, lá encontro Brie, Camembert, Oka, etc a preços mais baixos e também muita comida italiana.

2 de setembro de 2011

Mercado de trabalho



Esta semana eu estava lendo o post de um amigo arquiteto sobre o mercado de trabalho para arquitetura no Quebec e resolvi dar também a minha opinião. Na verdade creio que todas as profissões sem muita demanda e regulamentadas, como arquitetura estão em uma situação semelhante: muitas ofertas nos sites como jobbom mas que não são tão acessíveis aos profissionais brasileiros sem um preparo para a realidade canadense.

Dois fatores abrem as portas para estes profissionais, atitudes, tempo ou os dois. Quando falo de atitude é buscar uma formação oficial, conhecer pessoas da área e o mercado de trabalho, que aqui é muito diferente do brasileiro. O fator tempo é incerto mas ajuda, com o passar do tempo, e com a ampliação dos contatos as oportunidades aparecem. Muitos brasileiros optam por fazer curso de francês como língua segunda, recebendo um pret, isto não leva diretamente à profissão desejada, mas serve para aprimorar o francês, serve como remuneração e com o tempo uma porta acaba se abrindo, conhecer a realidade aqui também facilita.

No Brasil a primeira coisa que fazemos é procurar ofertas de empregos em nossa área para mostrar na entrevista do CSQ, mas o contratante quer um profissional com uma experiência especifica em uma determinada área, alguém que tem uma grande "bagagem profissional" não interessa e logo a entrevista vai tender para: "você tem uma experiência com a legislação local", ou quem sabe:) "você sabe carimbar com carimbo rosa uma página azul". Tendo um C.V. bem redigido, as entrevista acontecem, mas é preciso ter aquilo que o empregador procura.

E a carta Priime ajuda? Carta priime é um compromisso do governo em pagar 50% do salário. Pense como um empregador, que tem varias hipotecas para pagar, você contrataria alguém que precisa de uma carta priime e que não tem experiência correndo o risco do profissional fazer tudo errado? A carta ajuda mas empregadores que aceitam nem sempre estão pensando em manter o profissional por muito tempo.

Como entrar no mercado de trabalho no Canadá?
Acredito que o melhor modo de se estabelecer aqui é começar com a francisação passar para uma formação, universitária, para quem tem planos a longo prazo, ou um curso tipo DEP, AEC, de formation continue. Estudar também paga as despesas e é para isso que serve a "aide financière aux études", quem tem agente do emploi Québec pode pedir o custeio das despesas do curso, livros, etc. Procurar emprego sem uma formação local não só pode ser uma perda de tempo como de melhores oportunidades e opções de carreira. Falo em opções de carreira pois existem muitas especialidades e é preciso conhecê-las antes de entrar no mercado de trabalho, imigrar é recomeçar.

Conhecer as especialidades. Imagine que alguém que tem experiência com crianças e consiga trabalhar em uma garderie, esta mesma pessoa poderia ter feito um curso preparatório e descobrir que existe uma especialização como instrutor de pintura à dedo para crianças surdas que seria mais interessante, claro que isto é só um exemplo.

Se no Brasil a opção é passar em um concurso de agente carcerário para poder pagar uma escola +/- ter uma carro e alguma segurança financeira aqui a qualidade de vida aqui já é garantida, aqui podemos buscar uma realização profissional, (escolher com liberdade), podemos ser Asset Risk Consultant, Technicien en Bâtiment, charpentier e no fim do dia vamos pegar o mesmo trem caminhar tranquilos pelas ruas esquiar no inverno, brincar no parque sem medo e visitar o Brasil.