Esta semana eu estava lendo um post: que tudo vá as favas! esse é o lema do brasileiro. E este post me fez lembrar de um livro que li há uns 5 anos, na época nem me passava pela cabeça imigrar muito menos para o Canadá. Este livro se chama Entre dois extremos e conta a estória de um casal que sai do Alasca, passa pelo Canadá e vai até Ushuaia de moto, o livro é muito bom, porém um trecho me fez adimirar os canadenses e lastimar um tipo de comportamento muito típico no Brasil de sempre encontrar em suas comodidades justificativas para não seguir as regras que existem para o bem comum. Trancrevo abaixo o trecho a que me refiro:
"Deixando Epcot Whistler para trás, em pouco tempo se avista o mar, que acompanha a estrada até a imaculada Vancouver. Aliás, essa é uma das mais marcantes características das cidades canadenses: elas são imaculadas. Limpas, organizadas, o trânsito na maioria das vezes funciona, com os carros disciplinadamente em fila indiana e pedestres obedientes - enfim, um tédio. A minha décima geração foi xingada até que eu entendesse que andar de moto no corredor, entre dois carros parados, é uma coisa inadmissível. Espera aí! Eu levo a fumaça do seu carro na cara, se chover eu me molho, não tenho onde levar bagagem, fico aqui muito mais exposto a acidentes, colaboro com a melhoria do trânsito mundial só levando duas rodas para as estradas, mas na hora do engarrafamento tenho que ficar atrás dos carros??? Continuei sendo xingado até sair do Canadá."
São as pequenas regras que fazem o mundo andar, e quando vejo alguém que prefere ignorar qualquer regra de boa convivencia então eu imagino: o motoqueiro que me trancou, o cara que contava para o gerente do meu banco a última viagem que fez, enquanto eu o esperava, o cara que deu aquela festa de arromba no prédio até altas horas e o cara que estacionou em frente ao portão alheio e saiu, eles vão todos se reunir na minha frente me apontar o dedo e dizer: "Sair do país não é a solução, você tem que ficar e lutar pelo que você acha certo" Ah é, é? Huummm! O Brasil é o que é, já faz uns 300 anos talvez com mais uns 250 o povo se comporte de modo diferente, eu posso ficar e lutar por este futuro que não verei, ou sair e lutar por um futuro que verei junto a meus filhos, em um lugar em que as pessoas acreditam que, no transito as motos devem seguir em fila indiana, em um lugar onde eu poderia estar publicando este post numa estação de metro.
"Deixando Epcot Whistler para trás, em pouco tempo se avista o mar, que acompanha a estrada até a imaculada Vancouver. Aliás, essa é uma das mais marcantes características das cidades canadenses: elas são imaculadas. Limpas, organizadas, o trânsito na maioria das vezes funciona, com os carros disciplinadamente em fila indiana e pedestres obedientes - enfim, um tédio. A minha décima geração foi xingada até que eu entendesse que andar de moto no corredor, entre dois carros parados, é uma coisa inadmissível. Espera aí! Eu levo a fumaça do seu carro na cara, se chover eu me molho, não tenho onde levar bagagem, fico aqui muito mais exposto a acidentes, colaboro com a melhoria do trânsito mundial só levando duas rodas para as estradas, mas na hora do engarrafamento tenho que ficar atrás dos carros??? Continuei sendo xingado até sair do Canadá."
São as pequenas regras que fazem o mundo andar, e quando vejo alguém que prefere ignorar qualquer regra de boa convivencia então eu imagino: o motoqueiro que me trancou, o cara que contava para o gerente do meu banco a última viagem que fez, enquanto eu o esperava, o cara que deu aquela festa de arromba no prédio até altas horas e o cara que estacionou em frente ao portão alheio e saiu, eles vão todos se reunir na minha frente me apontar o dedo e dizer: "Sair do país não é a solução, você tem que ficar e lutar pelo que você acha certo" Ah é, é? Huummm! O Brasil é o que é, já faz uns 300 anos talvez com mais uns 250 o povo se comporte de modo diferente, eu posso ficar e lutar por este futuro que não verei, ou sair e lutar por um futuro que verei junto a meus filhos, em um lugar em que as pessoas acreditam que, no transito as motos devem seguir em fila indiana, em um lugar onde eu poderia estar publicando este post numa estação de metro.
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