Começo do processo com envio do dossiê

30 de maio de 2011

Compreendendo o pensamento local. parte 1

Entender a "nação quebecois" é compreender a dinâmica de suas relações interpessoais, algo que me ajudou foi assistir os vídeos de Lionel Laroche e quem quiser pode até comprar o livro. O modo como as pessoas se relaçionam baseia-se em um conceito, próprio, de respeito mutuo, que basicamente dita a não confrontação.

Exemplificando o conceito de respeito mutuo, alguém tem uma ideia absurda, (pode ser um projeto, conceito, produto, teoria, etc) e a expõe a um quebecois, ele dirá algo positivo sobre o trabalho desta pessoa e acrescentará algo como: "Esta ideia é de difícil realização, mas vamos estudar a sua implementação em um momento futuro", em outras palavras é uma bobagem e ponto final.

Mas atenção pois não só as pessoas ocultam as opiniões negativas como também evitam demonstrar que um certo julgamento é definitivo. Para quem está empolgado com a sua idéia não perceber a desaprovação e não compreender que o julgamento é definitivo mostrará uma dificuldade de comunicação

Vai expor uma ideia, um trabalho, etc. seja objetivo , disse o que tinha para dizer, ponto final, um quebecois geralmente escuta como se tivesse todo o dia para faze-lo, mesmo se este não for o caso.

Por outro lado ninguém pode reclamar que não foi ouvido, aqui qualquer um pode ser ouvido mas para isso é preciso ligar antes. Tem que ligar para marcar rendez-vous, para saber quando vai ser a soirée d'information, portes ouvertes, etc. Tudo começa ao telefone. Diferente do Brasil é muito mais fácil para um desconhecido falar ao telefone com o diretor, o chefão. Uma vez ao telefone vale a regra do "ponto final" o quebecois, geralmente, não vai demonstrar, com clareza, que não está interessado, logo prolongar a conversa não vai ajudar, disse o que tinha para dizer, merci et bonne journée!

Continua...

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