Começo do processo com envio do dossiê

8 de abril de 2009

O que será, que será?

Enquanto esperamos neste processo longo que é o de imigração leio muito blogs de residentes, de imigrantes de recém chegados, blogs de pessoas da minha cidade que ainda esperam sua vez aqui e outros que já chegaram lá!
Desde de o começo leio e ouço relatos que descrevem o Quebec como um lugar difícil de se viver, e por vezes, até mesmo pouco acolhedor... Gosto muito destes relatos pois descrevem a imigração como realmente é um processo difícil de adaptação a um novo local, uma nova cultura, enfim um recomeço... Pessoalmente acho que estes relatos estão mais freqüentes por causa da crise que deve dificultar ainda mais a vida dos recém chegados...
Em muitos lugares vi conselhos de recém chegados, para os que, como nós, esperam a vez de ingressar de vez na aventura, repensar, pesar e listar os seus motivos para imigrar para ver se vale mesmo a pena!
Eu leio estes textos e penso comigo que eu não preciso de uma lista grande, muito embora os motivos pululem em minha frente, a razão pela qual eu quero imigrar é uma só: eu quero ser uma cidadã: quero ter direitos e não apenas um rol infinito de deveres, eu quero ser cidadã indepentende do meu contra-cheque, da minha conta bancária, da minha idade, do meu círculo de amizades, do meu emprego... Eu quero envelhecer e continuar cidadã e me aposentar sendo cidadã.
Eu não quero ter medo de ficar pobre e precisar de qualquer serviço público que seja, para mim ou para meus filhos!
Sim eu sei que para regulamentar minha profissão no Quebec vai ser caro e demorado, ainda não sabemos se será possível, se será válido, qual caminho seguiremos para ter uma vida produtiva lá, no momento pesquisamos quais as alternativas mais viáveis.
Sim eu sei que o mercado de trabalho é muito competitivo e que uma experiencia canadense é geralmente exigida. Sim eu sei que a língua é um grande obstáculo e que a saudade é um bicho matreiro. Não eu não sei se me adaptarei, mas eu sei que vou me esforçar muito, para me adaptar, por mim, por meus filhos, pelo nosso futuro que neste país tem cada vez menos perspectiva.

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